sábado, 27 de setembro de 2008

Poema - "Madrugada"

Madrugadas

São tantas

Que já se tornaram incontáveis

As vezes que passo sentado

À noite, à luz da lua

Observando-a cautelosamente

Calculando cada milímetro sombrio

Do seu movimento mórbido


Tantas madrugadas passadas

Sobre uma velha cadeira

Apreciando as flores encolhidas

Cuidando dos galhos secos

Tentando ouvir o cantarolar

Dos pássaros dorminhocos

Sentindo a vida

Das folhagens caídas no chão

E cobertas pelas gotas do orvalho


Nenhuma voz pode ser ouvida

Nem sequer uma sombra humana

Pode ser vista nas esquinas

Finalmente, paz!

Nenhum sinal do homem...

By.: Rafael Franzon Benz


Um comentário:

Bárbara Rodrigues disse...

Olha , achei seu blog!

Eu não sei fazer poesia :(
gostei das suas ...